domingo, 29 de julho de 2012

Ruth Palatnik Aklander (1926-2009)



Infelizmente eu não tive a oportunidade de conhecer pessoalmente Ruth Palatnik Aklander, a artista plástica que faleceu em 2009.


Apesar de «toda uma vida» de amizade e carinho com seu filho Mauri Aklander (aquele AMIGO com quem não falo todo dia, nem toda semana, nem todos mes mas que é um grande AMIGO, daqueles «do fundo do coração», daqueles «para toda uma vida», por mim muito considerado e querido) não conheci Ruth Palatnik Aklander,… Para mim uma grande pena, apesar de, hoje em dia, achar que de certa forma sempre a conheci!


Sempre ouvi as estórias (lindos relatos de Mauri) sobre as caixas de bananas que ela, gentilmente, generosamente, colocava na janela do seu apartamento da Francisco Otaviano para alimentar os “macaquinhos” que lá habitavam (como será que estes macaquinhos chegaram à fronteira de Ipanema e Copacabana?). Se voces conseguirem no video reparar na janela atrás dela, verão os «macaquinhos»… digo propositalmente «conseguirem» pois a entrevista-documentário é tão interessante, tão envolvente, tão cheia de informações e emoções, tão densa que acho bem difícil olhar para outra coisa que não seja o rosto de Ruth…
Sim, apesar de ter assistido este video várias vezes, Mauri teve que me chamar a atenção para o detalhe – sobre o qual ele sempre falou - dos macaquinhos… Apesar de «saber deles» de toda uma vida não os havia visto… Tão fascinado estava com os relatos de Ruth… Ei!!! disse “estava”? Não, não… corrijo: estou !




Uma pessoa fascinante.



Minha admiração por esta interessante mulher cresceu ainda mais por causa de um detalhe em sua vida que me impressionou de forma extrema.



Sempre penso nisso.


Gosto de pessoas que possuem coragem. Gosto de pessoas que tem o “pé no chão”, que são realistas e que por este motivo tornam-se ainda mais sábias e nada “piegas”. Admiro demais uma decisão que tomou.
Decisões deste tipo só são feitas por pessoas inteligentes.
Já muitas vezes na minha vida fui testemunha de casos em que pessoas se negaram a reconhecer o grau de gravidade de um Cancer. E isto só lhes trouxe sofrimento. Ruth tentou reduzir este sofrimento… não só para si como também para sua família.

Sapiencia…

Gostaria muito de colocar aqui um texto escrito por Franklin Jorge em 2009 sobre sua querida amiga. Muito me emocionam suas palavras que descrevem não só uma amizade de longos anos mas que também nos dão a oportunidade de conhecer os traços deste belo caráter, desta pessoa envolvente.


Por Franklin Jorge
Ruth era a única pessoa que eu conhecia que comemorava o “Dia do Amigo”. Todos os anos, nessa data, ela a registrava duma maneira especial, quase sempre criando uma obra única, para homenagear cada um de seus amigos. Amigo seu de muitos anos, 40 anos para ser mais preciso, é com o coração partido que escrevo estas linhas em sua memória e para comunicar aos nossos amigos comuns o seu falecimento no último dia 2 de abril, de câncer, após longo sofrimento.
Filha e neta de judeus russos, os Palatnik introduziram em Natal a partir de 1900 técnicas de comércio ultramodernas, implementaram entre nós o conceito de condominio residencial de que a famosa Vila Palatnik é exemplo de pioneirisimo. Melhoraram significativamente a arquitetura urbana com vivendas que ainda subsistem aqui e ali, principalmente nos bairros da Cidade Alta, Petrópolis e Tirol. Contribuíram para o desenvolvimento das artes e construiram a nossa primeira e única Sinagoga, fechada durante mais de cinquenta anos.
Notável artista plástica, fascinada pelo tecnologia high tech que aproveitou em alguns trabalhos seus, dizia-se Ruth, modestamente, “uma artesã”, o que talvez em parte tenha prejudicado a difusão de sua obra, embora tenha gozado de prestigio entre os seus pares que como sabemos são sempre avaros no reconhecimento do talento alheio; e da admiração de criticos severos, como Walmir Ayala que escreveu sobre seus “objetos lúdicos” e intervenções performáticas, como a que realizou no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, “Degustarte” — um grande peixe elaborado com peixes reais gulosamente devorados pelos participantes.
Enquanto viveu, Natal a ignorou solenemente, apesar de seu amor por nossa terra e pelas doações que fez á Pinacoteca do Estado, por meu intermédio, quando implantei o seu núcleo inicial no prédio neoclássico onde funciona atualmente o Memorial Câmara Cascudo; e mais recentemente, através do artista Vatenor Oliveira, diretor da Pinacoteca, testemunha da ação de Ruth nesses dois períodos.
Por sua bondade, generosidade e desprendimento das coisas materiais, sempre me referia a ela como “a Moabita”, numa alusão à persoanagem bíblica do famoso “Livro de Ruth”, que se recusa a casar de novo e a melhorar as suas condições de vida para não abandonar a velha sogra pobre e doente.
As artes perdem com a morte de Ruth Palatnik Aklander. Mais perdemos nós seus amigos, que a conhecíanmos intimamente; e o gênero humano se desfalca de um raro exemplar de mulher em tudo digna de veneração.


Quero que este video, esta entrevista, fale por si. Bem-Vindos ao belo Mundo de Ruth Palatnik Aklander.




Biografia:

Ruth Palatnik Aklander 1926, Natal, RN 2009, Rio de Janeiro, RJ

Artista plástica multifária, o que hoje chamamos de multimídia, dedicou-se simultaneamente à pintura, serigrafia e cenografia. Transferiu-se para o Rio de Janeiro com a família, em 1936. Graduou-se pela Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil, onde lecionou Desenho, cursado na Escola Nacional de Belas Artes. Na década de 1960, realizou quadros de grandes proporções a partir de pesquisas com estanho, cujo trabalho de texturas e cores a levou aos limites da arte conceitual. Em 1968, começou a estudar com Ivan Serpa no Museu de Arte Moderna, integrando no ano seguinte o grupo fundador do Centro de Pesquisa de Arte e agregou a suas pesquisas outros materiais como a cerâmica, o papel e em seguida o acrílico. Também a partir dos anos 70, trabalhou com artel lúdica e múltiplos. Com Zama e Miriam Sambursky integrou a Equipe Triângulo, que participou da XII Bienal de São Paulo em 1973 com a obra “Sêmen no Espaço 5”, premiada no ano anterior no Salão do Sesquicentenário da Independência e Aquisição no VIII Salão de Arte Contemporânea de Campinas, São Paulo. Conquistou muitos outros prêmios, entre os quais se destacam: Aquisição no Salão de Verão, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro em 1972, Isenção de Júri do XXIV Salão Nacional de Arte Moderna em 1975, Artista Convidado na Expo-Neuquem, em Neuquem, Argentina, em 1997. De 1970 a 1978, participou de cursos na Escola de Artes Visuais do Parque Lage: história da arte, figurinos, caracterização, cenografia. Realizou sua primeira exposição individual em 1972, na Galeria Celina, Rio de Janeiro, onde expôs objetos múltiplos em acrílico com apresentação do crítico Walmir Ayala. A partir da década de 1970, integrou diversas coletivas no Brasil e no exterior, em galerias da Europa, das Américas e do mundo oriental. Por cerca de 10 anos coordenou a leitura para cegos no Instituto Benjamim Constant, atividade que lhe motivou a série Quadrum, trabalhos lúdicos que contam com a participação do observador. Sua obra integra os acervos do Museu de Belas Artes do Rio de Janeiro, do Museu de Arte Contemporânea de Campinas, da Caixa Econômica do Estado de Goiás, do Museu da Rede Ferroviária Federal e da Pinacoteca de Natal, entre outros. Nos anos 80, desenvolveu diversas séries serigráficas e também se dedicou à pintura a óleo metalizado sobre tela e a intervenções de acrílico em serigrafias.


Um Obrigado especial ao meu querido Amigo Mauri, por me permitir dividir aqui a memória de sua querida mâe, e à Lillian, sua irmâ pelas "correções" em sua biografia, que agora está bem mais precisa. Um sincero obrigado e meu carinho!



terça-feira, 24 de julho de 2012

The Boy Friend (O Namoradinho, MGM, England 1971)

Um daqueles filmes que vive no meu coração, cheio de gostosas, quentes memórias…


Quando assisti « The Boyfriend » no Cine Paissandú, numa daquelas famosas sessões das 22:00 hs dos anos 70, um novo mundo se abriu para mim… Não era absolutamente necessário ser só “MGM”, “Fox”… (apesar do filme ser, ironicamente, uma da últimas produções da MGM em 1971).

Um novo mundo incluía o musical em seu essencial “miolo”: o mundo de Ken Russell, um dos meus diretores mais queridos e que tão bem colocou em celulóide nossas loucuras dos anos 70!!!!

Alguém ainda se lembra de "The Music Lovers", « Liztomania”, “Women in Love”, “Valentino” (com Nureyev)????? Obras primas, supremos filme e (para usar uma expressão tão usada e gasta dos anos 70): divinamente decadentes!!!!!

Não vou contar muito sobre Twiggy ou Christopher Gable (lindos, abaixo) ou sobre Georgina Hale e Antonia Ellis (que depois transformou-se na « poderosa » produtora de « Sex and the City ») ou sobre Max Adrian e Barbara Windsor (e até sobre Glenda Jackson, numa aparição especial!), não… Aliás, não vou contar nada! As imagens falam por si! Todos "darlings"!


Assistam e curtam esta “caixinha de música”… Sim, este filme sempre me lembrou uma caixinha cheia de surpresas… Apaixonantemente lindo !



...e aqui meu ídolo Tommy Tune e a completamente enlouquecida Antonia Ellis em "Won't you Charleston with me?" (a partir do terceiro minuto e meio!). A pure delight!




quarta-feira, 18 de julho de 2012

Realmente sem palavras?

Sem palavras...

Existem situações em nossas vidas que nos deixam boquiabertos.
Sem palavras.

Será esta uma "doença" do nossos "tempos modernos"?


Por este motivo hoje quero “homenagear” um filme mudo. Para ser mais preciso, a obra-prima “Modern Times” de Chaplin, com ele e sua “esposa da época",o “mimo” chamado Paulette Goddard.

Nesta cena em que “Carlitos” quer comunicar-se com a platéia canta numa língua própria, criada pelo próprio Chaplin, que ninguém realmente entende.
Mas mesmo sendo inexplicável ele a usa…
Nonsense puro. Divino momento!

Adoro este jogo do filme mudo que derepente "fala" mas quando "fala" não é "compreensível"!

Como se a diferença entre “se estar sem palavras” e “falando porém não dizendo nada” fosse tão curta como o estreito de Gibraltar…

Mas o horizonte, o caminho "para frente" é bonito e longo... Sempre foi. Sempre será. Estou falando de mim, do meu caminho.


Sim, existem situações em nossas vidas que nos deixam boquiabertos.
Sem palavras.

Mas olhares, gestos dizem tudo… dizem até mais...

E assim, desta forma, hoje, eu disse o que pensava...
Fiquei muito orgulhoso de mim.



P.S. Voces repararam como vários acordes, principalmente nas "pontes", nos fazem lembrar da música de Nino Rota para os filmes de Fellini?

sábado, 14 de julho de 2012

150 anos de Klimt: Happy Birthday Gustav, "vizinho"!


O dia 14 de julho é o feriado nacional de França – a Queda da Bastilha – mas este ano, o dia de hoje está sendo muitíssimo celebrado na Austria, em Viena…

Há exatamente 150 anos nasceu "nosso" Gustav Klimt


Claro que não necessito contar a voces como este ano tem sido celebrado – atraíndo um número “record” de turistas para Viena – com exposições, eventos e (pasmem!) até com um espetáculo chamado “Klimt – the Musical” (que pobreza!).

Eu vivo há mais ou menos 40 metros do que foi sua última moradia e Atelier – a conhecida «Klimt Villa», que se encontra há mais ou menos dez minutos a pé da última moradia e Atelier de (para mim o maior pintor austríaco) Egon Schiele

Passo todo dia por ela quando vou para o trabalho, ao supermercado, ao banco, à farmácia, à lavanderia, à florista… sim 40 metros só de distancia daqui, de onde escrevo estas linhas neste dia chuvoso…

Já há muitos anos se discute o “futuro” desta casa… Interessados até se apresentaram para propor destruí-la e construir em seu lugar um condomínio. Outros queriam o terreno para fazer um Centro Comercial…

Para nossa (grande) sorte a prefeitura de Viena ganhou e resolveu restaurar este lugar, este patrimonio histórico da nossa cidade, da Austria, do Mundo, de todos nós…



Desde 2010 esta “Villa” está sendo reformada (fotos acima do verão passdo): o telhado adicional que não era do projeto original foi retirado, uma cúpula de cobre de uma pequena torre foi recolocada, sua cor original foi readquirida e por aí vai a lista… Um projeto fascinante de quase um milhão de Euros que recolocou a “Klimt Villa” no seu estado original, sem cortar as frondosas árvores que a involvem, sem acabar com seus jardins.

Está da mesma foma como quando o grande mestre aqui viveu, aqui pintou, aqui morreu…


(acima o telhado que foi acrescentado e a cor com a qual foi pintada nos anos 40, época na qual a Austria estava "ocupada"... )


Por convite de “Hietzing” (meu bairro, o “Enrodissement” XIII de Viena, lugar ode também se encontra o palácio Imperial Schönbrunn) passamos hoje por lá para um tacinha de Champagne, para celebrar os 150 anos de Gustav e para ver mais de perto a semi-conclusão do projeto (O espaço só será reaberto para o público no outono, ou seja... mais um "furo sensacional" das "Tertúlias"... ha ha ha!).

Uma grande pena que chovia… Sempre fico triste pelas pessoas que organizam tudo quando o tempo não colabora... Uma grande pena…




Mesmo assim foi um lindo momento…


Pessoas interessantes, boa comida e, apesar da chuva, uma atmosfera gostosa celebrando uma causa pela qual nosso bairro tanto lutou!

Klimt teria gostado disso…

As Tertúlias gostaram… e como...


Happy Bithday, Gustav Klimt, "vizinho"! (P.S. Acima no seu jardim olhando uma cazinha do terreno - onde hoje em dia existe uma intituição do Estado com programas de terapia artística para excepcionais... só há 40 metros daqui, de onde escrevo estas linhas neste dia chuvoso!)

Klimt - o "responsável" pelo "beijo que mudou o mundo"!!!!!!

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Moira Shearer: The Story of three Loves/ A estória de tres Amores (MGM 1953) e ....como uma estória leva à outra...



Tres “estórias” de amor, não conectadas entre elas…

Magnífico “Cast” liderado por Leslie Caron, Ethel Barrymore, Farley Granger, Zsa Zsa Gabor, Pier Angeli, Kirk Douglas e, na minha parte predileta: a tremenda Agnes Moorehead, o maravilhoso James Mason (para mim a voz mais linda que o Cinema já teve) e a encantadora, etérea Moira Shearer.

Shearer é, no primeiro espisódio do filme, uma bailarina de muito talento (como poderia ser de outra forma?), chamada Paula, que não sabe viver sem o Ballet apesar do fato de um problema cardiaco transformar o Ballet – o que mais ama em sua vida – no seu maior inimigo.

Ela não sabe viver sem dançar, mas dançar significa não mais poder viver… Ah, Hollywood e seus enredos…

Por incrível que pareça este filme “popularizou” a “Rapsódia sobre um Tema de Paganini” (Rachmaninoff) de tal forma nos U.S.A. que em 1953 ela ocupou o primeiro lugar nas “Charts” musicais! Grande tarefa e desempenho para um “filminho” que não foi grande sucesso e que hoje em dia está totalmente esquecido! Alguém ainda se lembra dele?

Moira, melhor conhecida para o Mundo da sétima Arte por sua atuação (Vicky) em “The red Shoes” e como uma das vítimas no doentio “Peeping Tom”, encanta como Paula. Considero suas maravilhosas linhas extremamente atuais e, na realidade, muito diferentes de suas contemporaneas (na época).


Ela tem uma aura eterna ao seu redor… sim, uma aura… de eternidade!
Braços eternos que envolvem todo um mundo...

Pena ter deixado o Ballet tão cedo… Ela escolheu a família... mas como tantas outras "Paulas", "Vicky's" e "Moiras" poderia nos ter regalado...

No pequeno mundo do Ballet britanico Moira era, carinhosamente, chamada de "The Unicorn"... O porque não sei...
Mas ela de certa forma me faz lembrar aquelas lindas figurinhas de Unicórnios criadas por Walt Disney para a "Pastoral" de Beethoven em "Fantasia"...









Moira se foi em Fevereiro de 2006, época muito dificil de minha vida que eu passava num hospital.

Lembrei-me neste segundo, exatamente agora, que havia guardado um recorte sobre sua morte dentro de um livro... The portrait of a Lady de Henry James (um daqueles volumes que a gente só "toma coragem" de ler quando se sabe que estará por muito tempo "fora de transito"... memórias... ).

O recorte estava, como pensei, exatamente lá... e agora volta para lá...

Quem sabe um dia alguém se pergunte o porque de eu te-lo guardado naquele especial livro e se o problema cardíaco de "Paula" teve alguma influencia nisso...

Mas assistam o segundo vídeo... Be my guests!

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Julie & Carol at Carnegie Hall... 1962... 50 years ago!





Consegui este disco nos anos 80 numa extinta loja de discos usados na Broadway… Jamais me arrependi dos US$ 35 que na época invensti… anso depois encontrei numa plataforma na Internet este Show – cópia pirata em DVD – e vibrei…

Julie Andrews e Carol Burnett fizeram esta aparição (aliás, ganhadora de um Emmy) "Julie & Carol at Carnegie Hall" em 1962.

Naquelas épocas Julie reinava no teatro Musical americano, da Broadway… tendo feito musicais e grandes sucessos como “The Boy Friend”, My Fair Lady” e “Camelot”…


Este Show tem porém para mim a rara distinção de ser um retrato de duas “estrelas” ainda subindo em suas carreiras e ao mesmo tempo se divertindo e literalmente se esbaldando juntas!

Do número inicial “You’re so London” ( Julie: ♫ ♪ “Oh You’re so, “where is tha lady’s room” and I’m so “May I wash?” ♪ ♫ ), à cruel imitação de “A noviça rebelde” (Julie adorava fazer chacotas sobre a “freira cantora” o que nada agradava a Richard Rodgers… ): A Família Pratt (que mostrarei brevemente aqui!) até o final “Big D”- Julie de texana é simplesmente irresistível, uma festa!!!!

Uma das partes porém mais lindas do Show é um “Duo” no qual elas nos mostram um pouco da história da Comédia Musical americana… “ ’s wonderful”, “Sweet mystery of Life”, “Limehouse Blues”, “Look for the silver Lighning”, “Funny Face”, “Dancin’ in the Dark”, “Night and Day” e tantas outras antes de culminar numa maravilhosa interpretação de “A Boy like that/ I love him” de “West Dide Story”…

Que Maria Julie poderia ter sido… Sim, com um pouco de maquiagem para “latinizá-la » e um sotaque porto-riquenho… Bem ela transformou-se 3 anos depois numa outra Maria... a Von Trapp!



Voz perfeita para a dificuldade técnica pela qual Leonard Bernstein fazia seus sopranos passarem… He he...

Momento encantador, comovente, de uma pureza vocal como raramente vista/ouvida em WSS, de uma tamanha sinceridade… Duas atrizes/cantoras sentadinhas, simplesmente e sem nenhum "efeito especial", olhando diretamente para o público... ao vivo... ali... Talento puro!

Para mim um marco na história da TV americana…

“When love comes so strong,
There is no right or wrong...
Your love is YOUR Love!“


sábado, 7 de julho de 2012

Hot Voodoo... Ma que Chaleur!!!!!


Calor...

Viena, com mais de 38 graus, transforma-se num lugar horrível…

Como disse um dia destes no Facebook : Não foi por isto que um dia, há quase 32 anos, resolvi vir para cá … I want my Money back !!!!!



Ma que Chaleur!!!!!!
Hot…

Mas mesmo neste “torpor” lembrei-me de uma cena que, mesmo distantemente, é relacionada ao calor… mesmo que só evocando um voodoo… Hot-Voodoo, uma das piores cenas de Marlene Dietrich, do justamente esquecido “The blonde Venus” de Sternberg.

Tórridas idéias de Africa que só ele poderia ter criado – ao redor de sua «Musa» e, ao mesmo tempo, causa do seu grande fracasso como diretor…
Tórridas idéias de Africa que só Dietrich poderia ter tentado interpretar…
Divinas loucuras dos anos 30... de uma louquíssima Dietrich e de um genio chamado Sternberg!

Adoro quando ela diz: "my conscience wants to take a vacation". Oooops...
Calor...
Ma que Chaleur!!!!!